segunda-feira, 16 de julho de 2012

Codex Gigas


O Codex  Gigas  ou também conhecido como a bíblia do diabo é o maior manuscrito medieval existente, tem capas de madeira revestida de couro, com 92 cm de altura e 50 cm de largura e 22 cm de espessura ,pesa cerca de 75 kg,  atualmente é constituído  por 310 folhas de velino feito de pele asnos , cerca de 160 animais, há indícios que algumas paginas foram retiradas da versão original.

 Foi criado no inicio do século XIII no mosteiro Benedito de  Podlažice na boêmia, Agora está na Biblioteca nacional da Suécia, em Estocolmo , é chamado de bíblia do Diabo devido   a figura do Diabo no interior e a lenda em torno da sua criação.




No Codex contém a versão vulgata da bíblia, a enciclopédia Etymologiae , Antiguidades judaicas, guerras dos judeus, Chronica Boemorum (Crônica dos Boémios), e vários tratados sobre medicina. Pequenos textos completam o manuscrito: alfabetos, orações, exorcismos, um calendário com as datas de celebração de santos locais e registo de acontecimentos relevantes, e uma lista de nomes, possivelmente de benfeitores e de monges do mosteiro de Podlažice. Todo o documento está escrito em latim.

Segundo a lenda, o escriba foi um monge que quebrou os votos monásticos e foi condenado a ser murado vivo. A fim de evitar esta severa sanção, ele prometeu a criação, em uma única noite, de um livro que glorificaria o mosteiro para sempre e que incluiria todo o conhecimento humano. Perto da meia-noite, ele teve a certeza que não conseguiria concluir esta tarefa sozinho e, por isso, fez uma oração especial, não dirigida a Deus, mas ao querubim banido, Lúcifer, pedindo-lhe que o ajudasse a terminar o livro em troca da sua alma. O monge vendeu, assim, a sua alma ao diabo. O diabo concluiu o manuscrito do monge e foi acrescentada uma imagem do diabo como agradecimento pela sua ajuda.
Apesar desta lenda, o códice não foi proibido pela Inquisição e foi analisado por muitos estudiosos ao longo dos tempos.
Considerava-se por muito tempo que esta versão de condenação ao emparedamento do monge era verdadeira, devido à interpretação precipitada da palavra Inclusus, como sendo emparedamento. Na verdade foi reconsiderada esta tradução como sendo "recluso". Seria um monge que foi condenado, ou se condenou à reclusão no monsteiro para realizar o trabalho de uma vida. Se reforça essa versão pela "dedicatória" encontrada no final do livro: hermanus inclusus, ou "Herman, o recluso" ou "Herman, o enclausurado.



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